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há sabores preferidos, paisagens e miragens de sonho.
Acho que prefiro a embriaguez dos sentidos à realidade crua e cruelmente angustiante.
Mais ânimo, mais espírito, menos dor e muito, muito mais sonho a correrem debaixo do manto cinzento que habita por debaixo do escalpe.
A última vez que escrevi sem filtros e barreiras societais, deu merda. Vou evitar, apesar de me sentir em levitação absoluta. Bendita Stolichnaya, que permites uma injecção indolor e até agradável, de uma anestesia suave e progressiva, que nos (me) leva até perto da fronteira do sonhar acordado. Minha nossa, e como sonho...
Já não há lágrimas para gastar e, se as houvesse, não tas contaria, meu blog chibo. Não sabes guardar um segredo...
A ausência do sentir consciente transporta grande parte da consciência para uma ilusão que, por vezes, arrasta a alma e o ser para um deserto de orquídeas e geribérias, que adormecem ao som do vento que embala as hastes que as ligam à herança telúrica do Gabriel.
Grande Gabriel, de raça mestiça entre os conquistadores e indíos locais, e melhor a memória que habita debaixo das plantas que coabitam felizes, apesar das diferentes raças e géneros de que provêm.
Descobri há pouco, duas costelas novas. Disse-lhes adeus e continuei o meu caminho.
Amanhã (hoje, já daqui a pouco) é outro dia e logo se vê o que se passa.
4 comentários:
A propósito de filtros, deixa-me dizer-te que quando os não usas, quem está próximo de ti facilmente se magoa. A esse propósito te digo também que, sob suspeita da ausência de filtros, aproximar-se-ão aqueles que têm uma carapaça dura por imposições de experiências passadas ou que, possam "beneficiar" dessa tua forma solta, talvez mais genuína...
Sem filtros por qualquer "líquido" que te faça levitar ou simplesmente pelo prazer de dizer o que te vai pelo "manto cinzento que habita por debaixo do escalpe".
Deixa-me que te diga ainda, que, a exposição sem filtros tem o efeito de te mostrar como és por detrás do pano... Vejo-te à distância... mas vejo-te.
ousaria desafiar-te para um jogo... de olhos vendados, para que as tuas mãos fossem as primeiras a ver o q seria negado aos teus olhos...ser-te-ia dado a sentir o cheiro de outra pele q não a tua... o toque suave e doce... o sussurrar de uma voz ao teu ouvido... um beijo ténue e depois outro e mais outro... umas mãos percorreriam o teu corpo desnudando-o... dedos entrelaçar-se-iam nos teus sentindo-os e dando-se a sentir... uma carícia e depois outra... avançando centímetro a centímetro...num percurso imprevisto...ou talvez não... um rosto roçar-se-ia no teu, sentirias a sua respiração na tua face de barba meia por fazer...e ... ... ... deixando-te inebriado sem noção do tempo e mesmo do espaço.
Desculpa-me os filtros , ou será a falta deles... Se haverá alguém inebriado deste lado? talvez...
Alguém disse que a escrita tem um propósito: ser lida!
Às vezes fazes-me sentir que tenho de demonstrar que estou à tua altura. Será que não dá simplesmente para estar, estar e sentir sem demonstrações. É porque desta forma talvez as revelações sejam outras. Será que não dá para caminhar, ainda que temporariamente, lado a lado? Tem de ser um à frente e outro atrás? Tem de se ver quem corre mais? Desculpa-me a franqueza, mas é o que sinto e, não me respondas que é a selecção natural!
Desta vez fui mesmo eu!D
let me share...it's too much energy for a girl! Hugs and kissies
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