quinta-feira, agosto 18, 2005

ando

atormentado por qualquer coisa que não sei o que é, e veio não sei de onde, dirigindo-se para sei lá que destino, enquanto passa por cima do que não vejo e atravessa espaço nenhum.

a palavra arremedo fustiga-me o espírito enquanto os olhos se rendem ao peso das pálpebras.

ando claramente... só não sei se eu, ou o outro.

1 comentário:

Dia disse...

Andas a ler Mário de Sá Carneiro? O Outro é um poema belíssimo...

Eu não sou eu nem sou o outro
sou qualuqer coisa de intermédio
pilar da ponte do tédio
que vai de mim para o outro