que me está a nascer um alter ego, como se fosse um alto de uma qualquer cabeçada que terei dado em tempos e nunca mais sarou?
é verdade que nunca vi, de cada vez que avançaram as paredes em direcção ao meu rosto e me entrava, nos olhos da esperança, a fuligem das chaminés das novas indústrias.
talvez não seja o fado de quem atira para fora de si o que outros, lá dentro, fazem por remeter para um canto escondido, perceber quando atinge de frente o céu.
cospem, respiram e até olham para ele, antes de o visitar com o que de menos bom poderia querer. passam imunes enquanto estragam o presente e o futuro, com a desculpa do que não fazem para esconder a porcaria do que são capazes.
são estúpidas, as chaminés da nossa vida, alinhadas em direcção a um qualquer ponto cardeal, à procura de uma orientação que tarda em lhes trazer o caminho para a frente dos olhos.
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