quarta-feira, março 23, 2011

Uma música velha

~Je t'aime moi non plus~



Je t'aime, je t'aime
oh, oui je t'aime!
moi non plus
oh, mon amour...
comme la vague irrésolu
je vais, je vais et je viens
entre tes reins
je vais et je viens
entre tes reins
et je me retiens

je t'aime, je t'aime
oh, oui je t'aime!
moi non plus
oh mon amour...
tu es la vague, moi l'île nue
tu va, tu va et tu viens
entre mes reins
tu vas et tu viens
entre mes reins
et je te rejoins

je t'aime, je t'aime
oh, oui je t'aime!
moi non plus
oh, mon amour...
comme la vague irrésolu
je vais, je vais et je viens
entre tes reins
je vais et je viens
entre tes reins
et je me retiens

tu va, tu va et tu viens
entre mes reins
tu vas et tu viens
entre mes reins
et je te rejoins

je t'aime, je t'aime
oh, oui je t'aime!
moi non plus
oh mon amour...
l'amour physique est sans issue
je vais, je vais et je viens
entre tes reins
je vais et je viens
et je me retiens
Non! Maintenant viens!

terça-feira, março 15, 2011

ela chamou-lhe outra coisa. posso chamar-te saudades?


já estava escrito, melhor do q eu faria, por isso deixo aqui o tributo:

"
Estranho isto de o meu céu hoje ter dois luares.

Um que controla as marés que se agitam nos meus olhos.
Para não as deixar submergir na praia deserta dos meus lábios.

O outro?
Esse não sabe o que faz.

Cega-me à queima-roupa... e deixa-me sozinha com o meu vício.
Este.
De te querer.
Ainda.
Apesar de tudo.
"

encontra-se aqui "Moonlight Shadow" em "As conversas q não tivémos"

e percebo.
pq sim.
__

sofrido,
ainda...

confuso e inquieto
pelo prazer q me desperta
e pelo sorriso (tb) de dor,
q me deixa nos lábios
o ferro da tua memória.


quarta-feira, março 09, 2011

justiça divina

 não acredito. 
de todo.

em resumo, porque acho que é um conceito a que nos agarramos, enquanto seres educados numa socialização de castigo/recompensa, e que, por termos uma consciência, pelo menos natural, precisamos de sentir uma qualquer punição pelo que achamos que não deveríamos ter feito.
no oriente chamam-lhe karma, mas não deixa de ser uma crença de quem não coloca em cima da mesa o livre arbítrio. 

o que fazemos a cada momento, é decidido por nós e tem consequências imediatas. imediatas no sentido em podem ser temporalmente próximas, mas sobretudo porque são sempre (têm que ser) directamente relacionadas com as nossas acções originais.

não acredito num ciclo de energia positiva e negativa com créditos e débitos contabilísticos que, mais tarde farão ricochete na nossa vida. 

acredito que serão provavelmente os remorsos (esse animal peludo que é a "culpa" do acto -dito- errado) que nos fazem mais tarde auto-punir e que descarregamos ou associamos a outro tema não relacionado, apenas porque o original, que despoletou o processo, já está lá longe e estes, estão aqui mais à mão. Nesse momento, vem ao de cima a consciência do errado, que lá conseguimos, com sucesso, reprimir desde o momento em que agimos até ao momento em que sentimos a tal "justiça divina"

eu acredito que a consciência das nossas acções é p ser tomada (tipo medicamento) de imediato, sem a afogar no esquecimento, nem a esconder no silêncio de palavras que não se dizem. 
é que o resultado -mortalmente radioactivo, de tão tóxico que pode ser- acaba sempre por se manifestar, tal como numa panela de pressão, em que, mais tarde ou mais cedo o vapor acaba por ter que sair e vai queimar, o que lhe estiver à volta - tantas vezes inocente - gerando injustiças de viver: 
- descarregamos sobre quem não devemos
- criamos relações de causalidade com temas ou pessoas q não têm qualquer relação com o "pecado original" prejudicando, quem sabe, futuros e gentes q não mereciam.

justiça divina / karma? 
não acredito.

e entrego a culpa à repressão que aprendemos todos a fazer de nós próprios a coberto da necessidade de ser:
- forte
- corajoso/a
- ou apenas, supostamente imune aos outros e, pior, ao próprio.