quinta-feira, março 27, 2008

hoje à noite



Primeiro: um filme fora de série: "The bucket list" com Jack Nicholson+Morgan Freeman





Depois: um concerto (em vídeo) que adorei: "Caught in the act" Michael Buble.

Uau..

terça-feira, março 25, 2008

no limite, danados?...

curiosamente, já depois de escrever o post anterior, reencontrei há dias o professor que me ensinou os limites da matemática.
ontem lembrei-me que, ao contrário da ideia romântica de "tender para o infinito", tendemos mesmo é para zero, numa progressão decrescente mais ou menos acentuada consoante as variáveis de viver que lhe acrescentarmos.

Vejamos o que faz o tempo, uma condição de evolução dos limites:

- não há amores para sempre - "they inevitably fade away with time”. A invenção de Hollywood do “I love for ever” só ainda pega em almas desavisadas e carregadas de ingenuidade
- não há ânimo que dure para sempre; apesar da maior ou menor frequência de episódios de renascimento que possam existir
- desaparece o querer
- esmorece a paixão
- esfuma-se a energia
- vai-se finando a própria vida

Os gregos, habitualmente sábios, traduziram bem este conceito na lenda das Danaides. Seremos nós também condenados apenas a, para sempre, tentar encher uma jarra crivada de buracos?
É que, por muito que empenhemos a nossa -limitada- capacidade, o melhor que conseguiremos é tentar evitar que se esvazie, porque sabemos à partida que não conseguiremos estabilizar o nível da água em nenhum ponto.
Será todo o esforço inglório por tender para zero? Uma metáfora para o viver?


Danados são os condenados ao inferno vivo, ou morto, de um tormento que só não tende para o infinito, por tender para zero a capacidade de sofrimento do castigado.
Agora, talvez se perceba melhor porquê.