terça-feira, julho 08, 2008

de noite...

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não me assalta o sono no espaço que ocupam as horas em que me roubam a atenção as memórias de uma vida que ficará sempre por viver.

Um destino por cumprir, ou apenas a desculpa esfarrapada de viver com esperança, para evitar viver, de todo?

2 comentários:

Anónimo disse...

Partilho aqui um trecho de um autor que conheci há pouco, que espelha uma avidez pela vida...

"Atravesso um momento irrepetível na minha vida. Viajo sem pesos afectivos, sem pulsações em sentido inverso ao sentido da marcha, nenhuma prisão emocional a puxar-me para trás, toda a concentração orientada por esta voracidade de querer e poder agarrar a vida tal como ela se me puser pela frente. E, paradoxalmente, viajo por todo este turbilhão de sentimentos e eventos com uma serenidade que também nunca tinha tido antes. Como se pudesse ter quase tudo, e me sentisse satisfeito, realizado, com quase nada."


in Planisfério Pessoal, Gonçalo Cadilhe

Maria Carvalhosa disse...

de noite...
é de noite que, com maior frequência, somos assaltados pelas memórias do que vivemos... do que deixámos por viver, também...
por vezes pensamos no que poderíamos ter vivido... de outras vezes sonhamos com o que ainda podemos viver. A estas últimas eu chamo noites afortunadas.
Beijo.