segunda-feira, novembro 28, 2005

lost... in time



Se eu não tiver tempo para escrever, também não tenho tempo para viver.
Se escrever é, geralmente, a primeira parte do meu tempo livre, então se não escreve, muito mal estamos.

Não é fácil enquadrar a vida de hoje, crua e tão fria sem mim, no que sonhei em tempo para o tempo que deveria estar a correr hoje.
Se a distância resumisse o barómetro da satisfação dos meus dias, teria quilómetros de tempestade e metros de neve sobre os caminhos que não chego a percorrer.

Não saio de lugar nenhum, a marcar passo. À espera de uma qualquer marcha que coloque em movimento os membros já quentes de tanto baterem os pés nas lajes frias do chão da parada.

Imagino o dia a entrar e a sair do céu, enquanto as almas penadas pairam cá em baixo, por cima da cabeça dos outros. E nem as horas se ouvem a passar.


4 comentários:

Lcego disse...

vem para a serra. Aqui os flocos de neve derretem entre boas tardes e café quente. Aqui há tempo. demasiado. Até te perderes nos planos que se realizam e a felicidade te parecer um lugar nulo.

É bom ter novas palavras aqui.É bom teres palavras.

Mary Lamb disse...

Apaga o outro. Tem um erro ortográfico. E eu não gosto disso.
Por favor, claro.
Sinto-me empático-mimética...

Anónimo disse...

Precisas de um mapa? A loira dá.

Lcego disse...

Então e tu ? quando é que escreves mais?