Acordar devagar. Ainda as memórias ou, sobretudo, hoje.
Espreitadela para a rua pela frincha da janela para confirmar que o tempo não defraudou os planos de ontem, nem as expectativas. É que o dia acabou de chegar mas é esperado desde ontem.
O banho é um salto que podia ser de uma gata a começar a esticar as unhas e a ensaiar os movimentos para cá e para lá. Em casa vêem-se os cenários de um ensaio geral que as prepara para o teatro da vida desse dia.
Escolheram bem (ou não, e aí a coisa complica, mas isso, fica para outro dia) e sentem o prazer do deslizar de um vestido pela pele de seda. Ajeitam, completam e acessorizam, se bem que não se deviam chamar acessórios de tão importantes que são. Monet não deixou de pintar ao fundo a ponte por cima dos nenúfares. Não seria o mesmo quadro que hoje adoramos ver.
Se o cabelo está bem, está metade ganho, e não há como sentir a altura extra daqueles saltos para fazer subir o ego e a autoconfiança que aquelas pequenas tiras de couro entrançado fazem sentir.
De frente, de lado, e de costas. Não há como uma espreitadela mais ou menos rápida para confirmar os ângulos todos de que sabem que vão ser apreciadas. O espelho é cúmplice desse flirt passivo (ou não) inconfessado.
Sabem o que querem provocar e vão preparadas para isso. Raramente estão isentas de intenção, sejam elas quais forem. Nasceram para conquistar sem ser pela força e aperfeiçoaram-se tão bem que até dá gosto… e mais…
Imagino muitas vezes o criador a pensar, a pensar e a ter uma daquelas epifanias onde conclui: “Já sei! Vou criar uma coisa no início do dia, chamada manhã e, nessa altura, as mulheres vão sair de casa e conquistar o mundo enquanto o preenchem de charme e sensualidade.”
Só me resta dizer:
“E que bem lembrado sr. Criador. Que bem lembrado.“
Espreitadela para a rua pela frincha da janela para confirmar que o tempo não defraudou os planos de ontem, nem as expectativas. É que o dia acabou de chegar mas é esperado desde ontem.
O banho é um salto que podia ser de uma gata a começar a esticar as unhas e a ensaiar os movimentos para cá e para lá. Em casa vêem-se os cenários de um ensaio geral que as prepara para o teatro da vida desse dia.
Escolheram bem (ou não, e aí a coisa complica, mas isso, fica para outro dia) e sentem o prazer do deslizar de um vestido pela pele de seda. Ajeitam, completam e acessorizam, se bem que não se deviam chamar acessórios de tão importantes que são. Monet não deixou de pintar ao fundo a ponte por cima dos nenúfares. Não seria o mesmo quadro que hoje adoramos ver.
Se o cabelo está bem, está metade ganho, e não há como sentir a altura extra daqueles saltos para fazer subir o ego e a autoconfiança que aquelas pequenas tiras de couro entrançado fazem sentir.
De frente, de lado, e de costas. Não há como uma espreitadela mais ou menos rápida para confirmar os ângulos todos de que sabem que vão ser apreciadas. O espelho é cúmplice desse flirt passivo (ou não) inconfessado.
Sabem o que querem provocar e vão preparadas para isso. Raramente estão isentas de intenção, sejam elas quais forem. Nasceram para conquistar sem ser pela força e aperfeiçoaram-se tão bem que até dá gosto… e mais…
Imagino muitas vezes o criador a pensar, a pensar e a ter uma daquelas epifanias onde conclui: “Já sei! Vou criar uma coisa no início do dia, chamada manhã e, nessa altura, as mulheres vão sair de casa e conquistar o mundo enquanto o preenchem de charme e sensualidade.”
Só me resta dizer:
“E que bem lembrado sr. Criador. Que bem lembrado.“